sexta-feira, 27 de abril de 2012

Oráculos digitais

Os buscadores digitais são os meios mais utilizados para chegar às informações disponíveis on-line a qualquer hora. Através deles, é possível captar a explosão de conteúdo. Seu uso já é tão difundido, que em 2006 se tornou verbo oficial da língua inglesa (http://arstechnica.com/old/content/2006/07/7198.ars). Apesar de já estarem presentes desde a década de 90, os buscadores se diversificaram, sofisticaram e se tornaram mais populares.

No entanto, é preciso ter em vista que a web não detêm todo o conhecimento produzido no mundo e que os buscadores não indexaram toda a informação contida na web. Soma-se a isso, o fato de que há dados aos quais os buscadores não alcançam, pois estão restringidos por senha ou estruturas específicas de navegação tais como bases de dados.

A consultora Martha Gabriel realizou uma palestra intitulada “A Era da Busca: oráculos digitais” (http://www.cpflcultura.com.br/2010/08/23/a-era-da-busca-oraculos-digitais-%E2%80%93-martha-gabriel-com-marcelo-tas/), na qual levanta questões tais como “A atual sociedade é dependente das ferramentas de busca?”, “De onde vem às respostas dos buscadores?”, “Há um controle ou manipulação sobre essas respostas?”, e por fim “Há uma maneira de mensurar a ética das informações disponibilizadas em detrimento de outras?”.

Dentre os vários buscadores disponíveis na web, Martha Gabriel indica o Wolfram Alpha, que realiza uma busca semântica, cuja busca é por contexto e não somente pelos termos em si: http://www.wolframalpha.com/

Há também um interessante artigo intitulado “Google e a ditadura dos Top 10”, que avalia o SEO – Search Engine Optimization ou Otimização de Mecanismos de Pesquisa e seu nível de confiabilidade no site Gerenciando Blog: http://www.gerenciandoblog.com.br/2009/09/google-e-ditadura-dos-top-10-parte-1.html.


Relação de links

Fonte imagem.: http://www.goodinfluencemarketing.com/wp-content/uploads/2011/06/search-engines-indexing.png
1° link artigo “Google declared a verb”: http://arstechnica.com/old/content/2006/07/7198.ars
2° link: vídeo de Palestra “A Era da Busca: oráculos digitais”: http://www.cpflcultura.com.br/2010/08/23/a-era-da-busca-oraculos-digitais-%E2%80%93-martha-gabriel-com-marcelo-tas/
3° link Site de busca semântica Wolframalpha: http://www.wolframalpha.com/
4° link, artigo “Google e a ditadura dos Top 10”: http://www.gerenciandoblog.com.br/2009/09/google-e-ditadura-dos-top-10-parte-1.html

Jéssica Ingrid de Almeida Sales
Jucilene Lopes dos Santos
Marília Torchi Daccache

8 comentários:

  1. O perfil daqueles que necessitam de informação vai se modificando a medida que as formas de busca vão se aperfeiçoando. Hoje as pessoas dispõem de autonomia para buscar as informações de que precisam, dispensando por vezes a mediação de um bibliotecário. Porém, considerando a torrente de informações disponíveis na web, será que é fácil encontrar fontes confiáveis? Nós sabemos que não é tão simples assim. Desse modo, ainda no século XXI a mediação do bibliotecário se faz necessária não só para organizar, mas também para encontrar a informação certa que atenda as necessidades daqueles que dela precisam.

    Ana Paula

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Ana,

      Obrigada por comentar nosso post. Acredito que é uma verdade latente a dificuldade em se selecionar fontes confiáveis de informação _ inclusive para nós, que estudamos a Ciência da Informação _ mas sem dúvida, os buscadores digitais ao passo que atendem uma demanda e se alimentam de forma retroativa, isto é, quanto mais buscas são feitas, mais eficiente se tornam (vide o Google) _ eles também limitam os horizontes de pesquisas mais profundas, mais ricas com 'as mágicas respostas instantâneas'. A pergunta que me intriga frente a isso é o que nós de fato conhecemos além do que já é de conhecimento público e portanto nos diferencie de outros serviços ou produtos informacionais.

      Excluir
  2. Recuperar uma informação precisa e rapidamente está se tornando cada vez mais difícil. Com a ‘enxurrada’ de informações que recebemos diariamente, escolher e selecionar algo têm se tornado uma tarefa árdua. Como profissionais da informação, somos cada vez mais cobrados e testados quanto à organização do conhecimento nessa ‘terra de ninguém’ que a web tornou-se.
    Gostei muitíssimo do vídeo postado e também do artigo “Google e a ditadura dos Top 10”. Um post riquíssimo!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Beth,

      Obrigada por comentar nosso post.
      A política do Google como um buscador em evidência e o mais popular no continente americano ao menos _ tem que ser muito clara. Afinal, muitos negócios deixam de existir ou não por não estarem no top dos resultados de uma busca na internet, o mesmo para fontes de informação em ambiente virtual, creio eu. Acredito que aos bibliotecários não basta conhecer os buscadores, mas usá-los de maneira eficiente e não superficial.
      Aliás, deixo aqui meu elogio ao blog 'A maravilhosa vida de estagiário (só que ao contrário)'. Além de divertidíssimo, acho que ele tem um mega potencial para ser um serviço público para a classe!

      Abs

      Ju

      Excluir
  3. Interessante a abordagem dada aos mecanismos de busca e a essa liberdade do indivíduo de buscar o que necessita; Aí chegamos ao ponto: Realmente aquilo que alguém busca e o que lhe é servido como retorno, é o que melhor vai servir aos seus propósitos? Utilizo o Wolfram Alpha a pouco tempo, tenho utilizado muitas outras ferramentas que auxiliam na visualização deste problema.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Cristiano, obrigada por comentar aqui também ^_^
      Para falar a verdade eu ainda apanho usando o Wolfram Alpha, mas acho super válido conhecer e utilizar muitas e váriadas ferramentas de busca, porque além de você contribuir para aperfeiçoar o buscador, os seus resultados são mais ricos a medida que distintos. Cá entre nós, às vezes dá uma vontade de googlar toda as nossas pesquisas né? Acho que o que está por baixo dessa epiderme e que é relmente preocupante, é a apropriação da informaçaõ cada vez mais rasa. Informação para todo lado, mas o que apreendemos de tudo isso é muito pouco. Em tempos em que efemeridade dita as normas, o que vale a pena reter?
      Abraços

      Jucilene

      Excluir
  4. A necessidade por Informação tornou-se hábito dos indivíduos, em busca de entenderem e solucionarem os problemas do dia-a-dia. Com o avanço da tecnologia e cada vez mais pessoas tendo acesso à internet não poderíamos deixar de lado o auxilio dos buscadores que facilita e muito as atividades realizadas em rede. A informação significa o caminho para o conhecimento, pois é através dela que a sociedade se comunica e se mantêm atualizada, porém não discordo das meninas que frisaram sobre a questão do não acesso a todo conhecimento gerado e também a questão da legitimidade sobre as informações disponibilizadas.

    As pessoas estão cada vez mais dependentes da internet que automaticamente tornam-se dependentes dos buscadores digitais. No entanto o post embasou a idéia de ficarmos atentos quanto ao processo de realizarmos uma pesquisa na Web, referente às fontes de informação confiáveis, vale tentar analisar e selecionar o que realmente é importante absorver.

    Fabiana.

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Fabiana, tudo bem? Obrigada por comentar o nosso post!
      Para nós que estamos imersos no mundo virtual, e já temos o uso do computador e internet tão intrinseco no nosso dia a dia é díficil pensar nas pessoas que vivem sem fazer uso dessas tecnologias e suportes, o que para um país com a extensão do nosso ainda é uma realidade concreta, principalmente no nordeste e norte brasileiro. Segundo o IBGE, quando mais escolarizado o cidadão, mais uso da internet ele faz. Dados do Pnad 2008 diz que 104,7 milhões não usam a Internet e 32,8% não acham necessário ou simplesmente não querem. Devemos pensar que essas pessoas não buscam por informação também? Novos meios de assimilação de informação não anulam outros, apenas diversificam, isso creio.
      Abraços

      Jucilene

      Excluir