terça-feira, 17 de abril de 2012

Seria Possível a organização do conhecimento?

A Ciência da Informação (CI), assim como todo o campo que estuda a mente humana, está preocupada com as diversas formas de organização do conhecimento, vejamos que dentro dessa grande ciência há uma possível estruturação da representação e organização do conhecimento. Mas, permanece uma incontestável questão: seria possível ter um sistema de organização do conhecimento? Para responder a essa pergunta seria necessário saber as grandes diferenças entre o que é conhecimento e o que é informação.

Vital e Cafe, falam em seu artigo sobre as diferenças entre Ontologias e Taxonomias e suas contribuições para a organização e representação do conhecimento. Em se tratando de conhecimento o artigo, diz que: “o conhecimento materializa-se na informação, através de seu conteúdo”, mais adiante o artigo também fala sobre o conhecimento como o resultado da cognição, ou o conteúdo ideal da consciência humana. A informação, segundo o artigo, “é o material da existência do conhecimento”, ao que se acrescenta, “a informação existe objetivamente fora da consciência individual e independente dela, desde o momento de sua origem”.
Neste sentido acreditamos que a única coisa que pode ser medida e estruturada é a informação, já que não é possível entrar em consenso acerca das formas de controle da diversidade de significação conceitual, sobretudo no que se refere ao processo do conhecimento. No entanto, é possível organizar, classificar e disponibilizar a informação, já que ela é o material do conhecimento. O que está em questão na utilização dessas duas ciências é a capacidade que elas possuem para aplicação do estudo do “ser”, através da ontologia e na utilização da taxonomia para fazer a classificação “lógico-hierárquica” da informação, como a representação do conteúdo através dos conceitos contidos na mente humana, com o objetivo de classificar e facilitar o acesso à informação e também oferecer contribuições acerca da chamada “Organização do Conhecimento” à Ciência da Informação.

Acesso ao artigo:
VITAL, Luciane Paula; CAFE, Lígia Maria Arruda. Ontologias e taxonomias: reflexões conceituais. Perspectivas em Ciência da Informação v. 16, n. 2, 2011.
Blog Indexadora:
Blog de Elaboração e Gestão de Linguagens Documentárias:
Blog Taxonomia:

Link de vídeo:

Programa No compasso do IME, do Canal Universitário do Rio de Janeiro. Aborda a temática da ontologia sob a ótica da Ciência da Informação e da Ciência da Computação, como instrumento de controle terminológico, ferramenta para modelagem de domínios, ferramenta de gestão e engenharia do conhecimento.

Dilcemara Almeida e Joseane Tavares

4 comentários:

  1. A respeito desta distinção entre informação e conhecimento, há um ótimo artigo do professor da USP Waldemar Setzer, que distingue dado, informação, conhecimento e competência. O desafio da educação de hoje é não apenas transformar a informação em conhecimento, mas entender o aluno como um indivíduo com necessidades e personalidade únicas, entendendo quais competências devem ser desenvolvidas neste indivíduo.

    http://www.dgz.org.br/dez99/Art_01.htm

    (Mauricio)

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  2. Realmente não da para medir o conhecimento, uma vez que isso muda de pessoa para pessoa, nem sempre entendemos as coisa da mesma forma. O conhecimento pode ser aprendido como um processo ou como um produto. Quando nos referimos a uma acumulação de teorias, ideias e conceitos o conhecimento surge como resultado do aprendizado. E é exatamente essa "acumulação" que devemos organizar de forma que gere o conhecimento para o usuário.

    (Luana)

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  3. A Postagem sobre este tema e o resumo comentado sobre um artigo que trata da definição de conhecimento e da definição de informação, estão explicados de forma objetiva e didática.
    A objetividade e clareza aplicadas a temáticas pouco familiares, sem dúvida contribuem para que campos de estudo como a Ciência da informação sejam mais bem compreendidos e até divulgados; como exemplo, o conceito de Informação e o conceito de conhecimento se misturam no entendimento de profissionais que não são da área de Ciência da Informação, e das outras pessoas de uma forma geral.

    Henrique

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