sexta-feira, 18 de maio de 2012

Auto-estima do bibliotecário



Depois de abordar a imagem do bibliotecário, percebemos que por ser este um assunto pouco discutido, acaba ficando de lado outro assunto que é a consequência desse, a auto-estima do bibliotecário. Como o bibliotecário está se sentindo em relação ao seu ambiente de atuação, está se valorizando, é feliz nessa profissão, está se realizando profissionalmente?
É importante destacar que a baixa auto-estima não está somente ligada à própria imagem, mas principalmente perante à sociedade, afinal, o profissional está na maioria das vezes se relacionando com os usuários da instituição em que está inserindo, o que permite ser comparado ou mesmo menosprezado quanto à sua formação e/ou cargo que atua.
A auto-estima é essencial para formar a imagem que o profissional passa para os usuários, colegas e chefia, visto que ela impacta diretamente no relacionamento com a equipe, além de influenciar na produtividade e desempenho de sua função. A baixa auto-estima pode acontecer por causa da falta de reconhecimento profissional, pouco incentivo e por conta de lideranças mal preparadas que não sabem valorizar seus subordinados de modo a favorecer seus rendimentos.
Na nossa profissão ela ocorre, principalmente, em decorrência da falta de reconhecimento nas diversas áreas de atuação, muitos profissionais chegam a sentir vergonha de dizerem que são bibliotecários, pois sabem dos julgamentos e preconceitos que sofrem ao dizer, ou se sentem constrangidos e até mesmo profundamente decepcionados com a desvalorização e com a falta de apoio de outros profissionais. Como consequência disso vemos, muitas vezes, bibliotecários cabisbaixos, desmotivados e “reclamões”, o que contribui para que sejamos rotulados como mal-humorados.

Blog:
Dora Ex Libris
Vídeo:
“Comédia MTV - Papo Desinteressante”
Livro:
Artigos
LIMA, Cátia Crisitina de; LIMA, Katianne de. A auto-imagem do bibliotecário versus a visão social: uma análise da valorização profissional. Maceió, 2009. Disponível em: http://www.ichca.ufal.br/graduacao/biblioteconomia/v1/wp-content/uploads/tcc-2009-catia-e-katianne-a-auto-imagem-do-bibliotecario.pdf. Acesso em 17 de maio de 2012
OLIVEIRA, Zita Catarina Prates de. Um estudo da auto-imagem do profissional bibliotecário. Brasília, 1980. Disponível em: http://www.lume.ufrgs.br/handle/10183/1368. Acesso em 17 de maio de 2012
Eveline Martins e Izabele S. Mello

5 comentários:

  1. O post sobre a auto-estima dos bibliotecários foi muito importante para fomentar a discussão, pois este tema implica numa ampla discussão que pode abranger variados temas do universo deste profissional. Tratá-la colocando em foco a baixo auto - estima do bibliotecário avaliando apenas como motivadores aspectos externos à ele, na minha opinião, é gerar uma justificativa para o mal-humor de muitos profissionais que estão ocupando alguns espaços por aí. É necessário sim, pensar nos problemas que afrontam o bibliotecário, mas com soluções concretas para evitar o marasmo e mal-humor.
    A auto-estima é um fator chave para qualquer que seja a área de atuação de um profissional para que trabalhem em favor dos objetivos organizacionais, com o máximo desempenho, qualidade e ampliando o potencial na atuação grupal. Tornar isso uma prática constitui em um processo cujo foco é o comprometimento do profissional e a sintonia das pessoas com que se relaciona na instituição, e o principal benefício que se busca é o fortalecimento e construção de relacionamentos, compartilhando os objetivos e fortalecendo estas relações.
    O problema está em desequilibrar os eixos e dar ênfase na auto-estima e esquecer que também existe um eixo importante que é o do comprometimento e formação do profissional.
    Joseane Santana Tavares

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  2. Bom post. Tema muito discutido e espinhoso, se bem que a maioria dos debates em torno deste tema acabam caindo no mi, mi, mi de sempre. Serve como exemplo o último episódio do texto do Girón, a grande maioria se sentiu ofendida e quando os poucos (me incluo neste grupo) tentaram analisar a crítica do texto como construtiva, quase foram linchados pela maioria. Enfim, mas o estudo da auto estima dos bibliotecários dá assunto para um pós-doutorado ou seria um dos mistérios da humanidade...

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  3. De acordo com o dicionário Auto-estima pode ser definida como a avaliação que o indivíduo faz de suas experiências interpessoais, atribuindo juízo de valor a si mesmo. Acredito que a base para qualquer atividade transformadora em nossa vida é possuir auto-estima adequada, pois assim fica mais fácil aceitar nossos pensamentos, sentimentos e valores pessoais. Estou certo que o amor à vida e a busca da saúde são fundamentais.O senso comum nos diz que para ser amado é preciso também amar a si mesmo. Talvez essa seja a melhor definição da real importância da auto-estima para nossa vida,seja no campo profissional ou não. Gostei do texto postado acima,porém defendo a Ciência, não acho que o problema está na Biblioteconomia e sim no ambiente de trabalho, na estrutura da empresa onde se exerce a profissão e principalmente na falta de valorização do própio profissional, ele (nós) é quem precisa (precisamos) se dar valor, acreditar no se pontencial e jamais esperar pelo reconhecimento ou valor proveniente dos outros.A minha dica final é: Encher-se de auto-confiança e manter-se atualizado para que sempre encontre oportunidades melhores em sua área de atuação.

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  4. Minha amiga não conseguiu postar, então posto eu! rsrs

    Queridas Izabele e Eveline
    A situação vai melhorar para bibliotecárias e bibliotecários quando o MinC conseguir cumprir as 53 metas do Plano Nacional de Cultura para 2020. Especialmente as metas 20 (cada brasileiro lendo ao menos 4 livros por ano fora da escola) e a 32 (pelo menos uma biblioteca pública funcionando em cada cidade brasileira).
    Podem ver os textos completos das metas e do Plano no site do Ministério da Cultura.

    Abraço
    Maria Otilia Bocchini

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  5. Acredito que um dos fatores relacionados à auto-estima do profissional bibliotecário é a pressão exercida na profissão, o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo e exigente!
    Mas não podemos deixar esse aspecto nos distanciar da profissão, temos que ter a consciência de que nossos atos podem influenciar na vida dos outros e que nosso conhecimento acarreta em responsabilidade.
    Falando mais sobre esse assunto, o bibliotecário Fernando Modesto
    sugere alguns “conselhos” para quem já está atuando, e para os recém formados no mundo “biblioteconômico”.
    http://www.ofaj.com.br/textos_conteudo_print.php?cod=36

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